Termo atualmente utilizado para substituir o que até pouco tempo se denominava "displasia mamária", ou "doença fibrocística", ou, ainda, "mastopatia fibricística". Estes termos caíram em desuso, pois se concluiu que não se trata de uma doença, mas sim de desordens fisiológicas do desenvolvimento e da involução da mama. Clinicamente se manifesta através de dor mamária (mastalgia), adensamentos e cistos mamários. Não existe correlação com o câncer de mama, ou seja, não aumenta o risco de desenvolver o câncer.
É a queixa mais comum nos consultórios de mastologistas. É um sintoma, não uma doença. Existe uma forma de mastalgia que todas as mulheres experimentam ao longo da vida, denominada de cíclica, e se refere àquele desconforto nos dois a três dias que antecedem a menstruação. Quase a metade das mulheres sente este desconforto de forma exacerbada.
Cerca de 10 a 15% das mulheres apresentam uma mastalgia grave, com duração maior que uma semana, e com prejuízo na qualidade de vida (alterações do sono, dificuldade de concentração no trabalho, alterações do humor).
Existem diversas hipóteses explicativas para este problema, porém nenhuma delas é conclusiva. Em geral a conduta é tranqüilizar o paciente, orientar, medicar e excluir o câncer de mama.
Existe outra forma de mastalgia conhecida como acíclica, que não está vinculada com o período menstrual. Em geral costuma ser localizada, podendo ser contínua ou acontecer ao acaso. Usualmente é tratada com analgésicos comuns.
Existe ainda a mastalgia de origem não mamária, ou seja, dor na região da mama mas de origem em outro órgão ou estrutura. Esta patologia é muito comum, porém pouco diagnosticada. Costuma aliviar com o uso de analgésicos e antiinflamatórios não esteróides.
São reconhecidos como endurecimento localizado, acompanhado ou não de dor ou nodularidade. Deve sempre ser avaliado para excluir o câncer de mama, e sendo assim não necessita de nenhum tratamento.
Sua maior importância está na ansiedade que gera nas pacientes, pois acontece mais freqüentemente em mulheres acima de 40 anos, e tem surgimento rápido. Acontece em cerca de 10% das mulheres, e deve ser diferenciado dos microcistos (<1cm) que são identificados ao ultrasom e que acontecem em cerca de 70% das mulheres.
A conduta consiste numa simples punção para esvaziar o cisto, o que gera certo alívio para o paciente. Recomenda-se este procedimento apenas nos casos sintomáticos (dor), caso contrário não há necessidade de realizá-lo.